O significado da verbalização do meu nome você confere abaixo:

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lembra-te? Lembra-te dos episódios de dragon ball sentados na sala de sua casa?
Lembra-te das tarde ensolaradas em que corríamos na praça?
Lembra-te dos dias em que brincávamos de pique esconde?
Lembra-te da casa que construímos naquele Ipê branco?
Lembra-te de quando fomos juntos à escola pela primeira vez e você me levou até minha sala de mãos dadas?
Lembra-te dos dentes de leão que eu soprava em teu rosto?
Lembra-te quando me mostrou as canções do bob dylan?
Lembra-te quando viajamos para a praia e você me beijou pela primeira vez e disse que me amava?
Lembra-te quando ficávamos escondidos e de que nos prometíamos amor e proteção?
Lembra-te das tardes em que víamos e discutíamos os clássicos do cinema?
Lembra-te de quando você cantou João e Maria do Chico Buarque e disse que eu era a tua princesa?
Lembra-te da nossa primeira briga?
Lembra-te quando chorei ao ouvir você dizer que se mudaria?
Lembra-te de quando você me levava à praça e eu lia trechos de pablo neruda para você?
Lembra-te de quando fomos de bicicleta até ao sétimo céu cantarolando born to be wild?
Lembra-te de nosso cover de belle and sebastian?
Lembra-te do caminho para a serra?
Lembra-te da neve?
Lembra-te de quando você me levou para fazer a prova de vestibular e beijou minha testa e me assegurou de que tudo ia dar certo?
Lembra-te quando perguntei-te o que via no futuro?
Você disse que via a mim.
Lembra-te dos nossos momentos? Tão nossos, nossos.
Você disse que ficaria comigo para sempre. Disse que me protegeria. Que eu seria feliz contigo. Sempre disse que me amava não apenas como sua amiga de infância, mas como mulher, como tua princesa...
Eu queria ficar contigo pelo resto da minha vida, queria casar contigo, ter três filhos, ir à praça com eles e brincar de bola, queria te amar pra sempre, porque contigo sempre foi diferente, sempre foi sublime.
E aí você foi embora. E agora eu te odeio. Te odeio porque agora tu é ausente. Te odeio por ter te visto pálido e frio dentro daquele caixão. Te odeio por não me proteger mais. Te odeio por não ver mais teu sorriso. Te odeio porque tu não canta mais pra mim. Te odeio porque não ficamos mais bêbados juntos. Te odeio porque tu não corre mais comigo, não segura mais minha mão, não me olha nos olhos, não acaricia meu pescoço, não morde minha orelha, não beija meus lábios. Te odeio por tu não poder ir a minha formatura. Te odeio por não me ver danças no espetáculo. Te odeio por não ensaiar piano comigo. Odeio tua ausência, tua falta. Te odeio por me fazer sentir tanto tua falta, por me fazer chorar, odeio ter que levar flores naquele maldito cemitério. Eu te odeio tanto e tão do  fundo do meu coração. Agora eu quero que você se vá por completo, saia dos meus pensamentos, da minha alma, das minhas lembranças. Porque eu te amei tanto, e você me abandonou de uma maneira tão injusta, eu te odeio. E eu não vejo mais você no meu futuro, como o fazia, porque você se foi.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referências. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo o que o amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generoso têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, ta assim, ó. Mas ninguém consegue ser do jeito que seus amigos são.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Relato da cena mais mágica da minha vida

Estou tão saturada, tão perdida. Não sei o que fazer, o que pensar. Tô levando a vida... de um jeito meio torto, sem muita perspectiva. Eu sei qual caminho devo escolher, mas a estrada me parece tão sinuosa, tão cheia de obstáculos. E sabe, eu não consigo vencê-los sozinhas. Preciso de uma mão, de uma palavra, de um abraço.
Perdida em meio a tantas digressões sobre minha vida, sentei-me naquele lugar, o meu favorito. Não é um parque com vista para as luzes da cidade, não é uma pedra onde posso observar o oceano. É uma arquibancada, meio suja, repleta de tocos de cigarro. O que vejo? Vejo uma quadra onde sempre alguém está com um skate ou uma bola de basquete. Vejo amigos do outro lado conversando e bebendo coca cola. Vejo uma avenida tão cheia, tão vazia. Vejo pessoas apressadas, imagino qual seja suas histórias, seus dramas, suas aflições. E choro. Choro desesperadamente. Fazia tempo que eu não o fazia, nem lembrava como era dolorosa a sensação de soluçar, de não conseguir respirar. Ouço uma voz. Uma voz tão doce. E ele me disse: 'Oi, tá tudo bem? Você quer um abraço? ' Assim, de um jeito todo tímido, o olhar dele se dividia entre mim e o chão. E aí eu simplesmente abracei-o, um garoto que eu nunca havia visto, mas que me inspirou tamanha confiança e conseguiu me confortar como ninguém. E ele disse: 'não importa o que te faz chorar, mas... vai ficar tudo bem'. E ele se foi, seguiu sua vida e me fez perceber que eu também devo seguir  a minha. 
Foi tão mágico... talvez eu sei o motivo... sempre tive amor aos desconhecidos, é que... sabe, eles não me fazem sentir presa, eles apenas passam por mim e depois se vão.

Memories

Estava frio. Encontrei-me com ela na praça local da cidade. Escureceu. Continuávamos conversando e fazíamos pausas para alguns cigarros, enquanto observávamos as pessoas caminhando pela praça. E então meus monstros internos começaram a me assombrar novamente, a sensação ruim causando um frio tremendo em minha espinha, me fazendo ter espasmos de lembranças. Todos esses pensamentos me levavam a nocaute, e o medo era o grande aliado. Resolvi então, jogar as cartas na mesa, com medo de ela ter um As de espadas que arruinasse meu jogo, ou ainda sim eu perdesse o jogo de roleta-russa. Contei meus segredos sombrios, segredos obscuros e que iam contra a natureza humana. Não era nada ilegal, mas na minha cabeça, era um crime que não havia sequer uma punição definida. E então ela ouvia, todas as minhas palavras, fitava meu rosto, com uma certa expressão pálida e fria, enquanto o vento frio nos cortava em pedaços. Ao terminar, indaguei:
-E aí?
Ela refletiu por alguns segundos, enquanto seus olhos percorriam meu rosto, e disse:
-Eu te amo, cara, eu te amo...



By: Adriano para mim 

domingo, 3 de julho de 2011

"I always said I'd be happier alone. I'd have my work, my friends. But 
someone in your life all the time ? More trouble than it's worth.
Apparently, I got over it.
It wasn't 'cause I thought I'd be happy alone. It was because I thought 
if I loved someone... and then it fell apart... I might not make it. It's 
easier to be alone. Because what if you learn that you need love... and 
then you don't have it ? What if you like it and lean ]on it ? What if 
you shape your life around it... And then... It falls apart ? Can you 
even survive that kind of pain ? Losing love is like organ damage. It's 
like dying. The only difference is..death ends. This ? It could go on 
forever."

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Caio, fale por mim, por favor!

Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo.

Butterfly effect

Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.
Ok, dadas as devidas proporções da analogia borboleta/tufão esse é um fenômeno que constantemente vivenciamos. Aquela sensação de se questionar sobre como seria seu presente se você tivesse feito diferente no passado... Se você tivesse perdoado será que seriam ainda próximos? Se você tivesse fugido será que sentiria-se mais livre hoje? Se você tivesse pensado mais em você será que seria menos altruísta agora? E em meio a questionamentos desse tipo é que a frustração pode vir... Afinal, mudar o passado talvez seja uma das únicas coisas que não podemos fazê-lo. E você jamais saberá como seria sua vida hoje se tivesse feito diferente. A única certeza é que tudo seria diferente.
Além disso, cada pequena decisão que tomamos, cada pequena ação nossa interfere, não apenas em nossa vida, mas como na de todos. (ok, todos foi uma generalização exagerada). Se meu pai e minha mãe não tivessem esquecido a camisinha naquela noite fria (estou supondo ok, jamais perguntarei isso pros meus velhos ek) eu não teria nascido, e aí, como seria a vida deles sem mim? Talvez continuassem no apê pequeno, talvez se divorciassem, talvez tivessem 7 filhos homens e formassem um time de futebol, talvez fossem um casal hippie, talvez trabalhassem menos e fossem mais felizes. Ou não...
 E como seria a vida das pessoas que me amam hoje? Eu simplesmente não existiria... talvez eles não frequentassem os lugares de agora, talvez se aproximassem de certas pessoas, talvez meus amigos não fossem amigos entre eles, talvez vivessem mais sérios ou mais drogados, talvez fossem mais felizes. Ou não...
E como seria se eu tivesse feito escolhas diferentes? Como seria se eu tivesse mudado de escola, como seria se eu tivesse dito sim, como seria se eu não tivesse brigado, como seria se eu tivesse mentido, como seria se eu... Seria diferente, apenas isso, não sei se melhor ou pior... A verdade é que as decisões e ações foram o que eram pra ter sido, sejam aquelas racionais ou as impulsivas. Agora não adianta mais, sou o fruto de todo o meu passado, e quer saber? Eu não quero mudá-lo.